Vestígios

domingo, 31 de agosto de 2008

Dor irreal?

Talvez a dor me seja irreal. Talvez essas mãos de aço que sinto penetrarem meu peito sejam imaginárias... Mas isso não minimiza esse sentimento de impotência constante ...
Lágrimas caem, corações ficam despedaçados.
Fico sem rumo, sem volta, sem coragem, sem impulso, sem regras.
O dia amanhece, a noite escurece e nada se modifica... Permanecendo aquela sensação de que esta faltando algo... aquele sentimento de perda, de incoerência.
O que eu perdi? Não sei. Creio que a razão. "Será que a razão existe?"
O tempo passa, tudo passa...Faço coisas sem saber, apenas procurando respostas pra perguntas inexistentes. Cada vez que o choro corre contra a maré, é exatamente para esta maré que quero me esconder.
Sentir falta de algo ou alguém que nunca esteve presente em nossa vida é normal? E o que seria a normalidade então? Fazer do amor o mais corriqueiro dos sentimentos? Não! Não é isso que quero!
Quero ser diferente, amar mesmo que inconsciente, fazer loucuras e encontrar um caminho, mesmo que ingênuo, para seguir...
Porque só assim, e somente assim, sentirei que fiz algo mais válido que o ‘normal’ , que enlouqueci o suficiente para dizer que o erro me foi produtivo e o amor, criativo, atingindo o mais profundo sentimento que faz do ser humano desejar ser sempre mais do que um mero observador de sua própria existência.

Nenhum comentário: